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Depressão: Entenda como a psicanálise pode ajudar

É muito comum a dificuldade das pessoas que estão passando por um problema de saúde mental, o caminho mais adequado para escolher o tratamento que supra as suas necessidades.

É neste momento que aparece a dúvida de qual especialista buscar, será o psicanalista, psiquiatra, psicólogo, e também surgem os métodos que se classificam como alternativos.

O primeiro passo muito importante é vencer a barreira interna muito comum, que é acreditar que buscar tratamento para saúde mental é coisa para louco, e que consegue superar este problema sozinho.

Em segundo lugar, é muito importante buscar ajuda de especialistas da área da saúde mental, capacitados para fazer um tratamento de forma apropriada.

Se você tem interesse em saber mais sobre depressão, e de como um psicanalista pode ajudar você a vencer este problema, recomendo que leia este artigo até o fim!

Esclarecendo um pouco a Depressão

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) a depressão assola a vida de mais de 350 milhões de pessoas no mundo, e o Brasil ocupa a posição de maior número de casos diagnosticados na América Latina, sendo cerca de 11,5 milhões de Brasileiros que sofrem de depressão.

Diante desses dados fica muito clara a importância de se tomar medidas tanto públicas quanto privadas para fornecer mais informações, e até mesmo o apoio na busca por tratamento pelas pessoas que sofrem com essa doença.

Nos dias atuais já não é mais tolerado as velhas concepções de que depressão é:

*Depressão é manha;
*Frescura;
*Coisa de gente fraca;
*Vai trabalhar que passa;
*Ou até que desviou do caminho de Deus.

Pois é sim uma doença que pode chegar a um nível grave, e até em alguns casos levar ao suicídio.

Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais, mais conhecido como DSM-5 ou até mesmo como a bíblia da psiquiatria.

Os transtornos depressivos têm em comum a presença de humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de alterações somáticas e cognitivas que afetam significativamente a capacidade de funcionamento do indivíduo.

Estão classificados em:

*Transtorno disruptivo da desregulação do humor;
*Transtorno depressivo maior;
*Transtorno depressivo persistente (distimia);
*Transtorno disfórico pré-menstrual;
*Transtorno depressivo induzido por substância/medicamento;
*Transtorno depressivo devido a outra condição médica;
*Outro transtorno depressivo especificado;
*Transtorno depressivo não especificado.

O objetivo aqui não é explicar cada um deles, mas trazer à tona as diferentes formas que a depressão pode se manifestar.

E também o nível de complexidade para formular um diagnóstico de depressão, o que não é uma coisa simples e deve ser feito sempre por um profissional da área da saúde.

Cabe salientar que o quadro mais comum é o do Transtorno depressivo maior, sendo considerado o “mal do século”

Os transtornos depressivos são medidos em níveis que variam entre leve, moderado e grave.

A duração do quadro varia de leve com uma persistência de duas semanas a casos graves que podem durar anos, e podem acometer pessoas de qualquer idade, ou seja, em crianças, adolescentes, adultos e idosos.

Identificando os sintomas da depressão

Hoje em dia a felicidade se tornou quase como se fosse uma mercadoria, e muitos se dizem que podem te proporcionar ela com as mais variadas teorias e técnicas.

Mas se engana aquele que pensa que tristeza é uma coisa que só atrapalha, pois cada estado emocional tem seu papel dentro da psique, e a tristeza faz parte da natureza humana.

“A preocupação deveria levar-nos à ação e não à depressão”.
Karen Horney

Viver é estar em constante movimento, onde acontecimentos e escolhas nos desafiam o tempo todo, e como não sentir tristeza quando:

*O falecimento de uma pessoa amada
*Os desafios dos relacionamentos familiares
*Uma demissão do nada
*A falta de dinheiro
*Desencontros amorosos

Claro que estes acontecimentos podem ser gatilhos para desencadear uma depressão, mas o sofrimento e a tristeza são nestes casos parte do processo de superação do problema e normalmente a pessoa encontra uma forma de superar o infortúnio sozinha.

Porém mesmo que o quadro não seja de depressão, mas a pessoa esteja vivendo um grande sofrimento psíquico devido a sua frustração pelo acontecido, o acompanhamento de um psicanalista ajuda bastante.

Já nos quadros depressivos os sentimentos de tristeza e apatia não cessam… 

A recomendação é que se persistirem por mais de duas semanas, de 4 a 5 dos sintomas abaixo relacionados, é necessário buscar o auxílio de um especialista.

Principais sintomas depressivos:

*Humor deprimido na maior parte do dia;
*Acentuada diminuição do interesse ou prazer;
*Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta;
*Insônia ou hipersonia quase todos os dias;
*Agitação ou retardo psicomotor;
*Fadiga ou perda de energia quase todos os dias;
*Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (culpa por estar doente);
*Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão;
*Pensamentos recorrentes de morte, ou ideação suicida recorrente.

Possíveis causas da depressão

A depressão é uma doença que ainda está longe de ter uma resposta única para explicar a sua origem, porém os estudos atuais apontam para possíveis fatores:

Genéticos: Neste caso há uma disfunção bioquímica do cérebro, onde o funcionamento dos neurotransmissores atuam de forma inadequada. 

Traumáticos: Aqui se encontram nossas respostas internas frente aos infortúnios da vida, onde há uma grande dificuldade de lidar com os acontecimentos que surgem ao longo do caminho e como resposta ficamos presos a esta condição depressiva.

Estilo de vida: Cada um está fadado a responder por suas escolhas e comportamentos, e cabe a cada um cuidar do seu corpo e mente.

Viver uma vida desregrada, e o consumo de drogas lícitas ou ilícitas de forma abusiva contribui significativamente para desencadear um quadro depressivo.

Fazendo o diagnóstico

Conforme a orientação dos manuais de psiquiatria como já vimos anteriormente, é que se a pessoa mantiver de 4 a 5 dos sintomas (ver sintomas acima) por mais de duas semanas, já caracteriza o momento de buscar uma ajuda especializada.

Psiquiatra, Psicólogo e Psicanalista, afinal qual procurar primeiro? 

Na verdade o mais importante não é em qual você vai primeiro, mas sim dar o primeiro passo rumo a um tratamento do sofrimento psíquico que o está importunando.

No entanto, o psiquiatra é o médico especialista em transtornos mentais e o mais indicado a fazer o diagnóstico e prescrever se necessário às medicações, e irá encaminhá-lo para fazer psicoterapia.

Por isso, caso você procure o psicanalista ou um psicólogo antes do psiquiatra, não tem problema, pois é comum tanto o psicanalista como o psicólogo trabalharem em conjunto com um psiquiatra, e vendo a necessidade já vai encaminhá-lo.

A importância da família e amigos

É de grande importância neste momento a presença ativa dos familiares e mais próximos, pois a pessoa acometida pela depressão fica em um estado apático, sem motivação nem para buscar ajuda.

A presença destas pessoas é fundamental para apoiar e motivar o depressivo, no caminho para iniciar e manter o tratamento. 

É aconselhável que os familiares busquem mais informações sobre a doença, para saber lidar melhor com a situação, dando um suporte mais adequado ao doente. 

Os medicamentos

O quadro de depressão leve normalmente se resolve apenas com a psicoterapia, já nos casos mais graves é necessário também o uso de medicamentos, os quais vão ser definidos pelo médico ao longo do tratamento.

“Antidepressivos tratam a dor da depressão, mas não curam o sentimento de culpa e nem tratam a angústia da solidão”.
Augusto Cury

Existem várias opções de remédios e por isso é importantíssimo tomar somente com a prescrição médica para evitar maiores problemas, e não atrapalhar o tratamento, sendo a automedicação muito perigosa e irresponsável.

Psicoterapia com o Psicanalista

A primeira coisa que a pessoa deve ter em mente é, que a depressão é uma doença com diferentes níveis que vão de leve a grave, e por mais que tudo pareça estar ruim existe sim tratamento a fim de amenizar e até curar os sintomas.

O psicanalista e Dr. Sigmund Freud foi o criador da psicanálise no final do século XIX, seus estudos e teorias revolucionaram a forma de entender a estrutura e funcionamento da mente humana.

O tratamento é um processo que vai se construindo na relação entre analista e analisando, por meio da fala de um e a escuta do outro, técnica conhecida como a livre associação de ideias.

Tendo como o principal diferencial das outras terapias o seu campo de trabalho, que está focado na parte do inconsciente da mente.

Segundo Freud é nesta esfera que guardamos nossas dores e sofrimentos psíquicos.

O trabalho do psicanalista é criar um ambiente seguro sem críticas e julgamentos, com o objetivo de no laço terapêutico oferecer ao analisando a chance de encarar e trabalhar: 

*Suas frustrações;
*Desejos reprimidos;
*Medos;
*Inseguranças;
*Ansiedades;
*Angústias;
*Transtornos mentais.

Enfim todos os sintomas que despertem um mal-estar psíquico, proporcionando assim a melhora na relação tanto no seu mundo interno como no externo, ampliando a capacidade de lidar com os acontecimentos perturbadores da vida.

E portanto abrir a possibilidade de superar os conflitos e dramas internos, e assim restabelecer a capacidade de amar, o entusiasmo pela vida e o equilíbrio e harmonia no corpo e na mente.

Se você tem o interesse de superar os seus conflitos e dramas internos, com ajuda de um especialista, basta clicar no link abaixo para agendar um horário.

Prof. Marcio Batista
Como psicanalista, meu objetivo na relação analista e analisando é trabalhar a difícil tarefa de tratar o sofrimento psíquico, expressado em sintomas como a angústia, ansiedade, estresse, medo, frustrações, entre outros, sejam eles de fontes internas ou externas.

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