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Medo: entenda como ele pode atrapalhar a sua felicidade

O medo é algo tão antigo quanto o ser humano, quem nunca sentiu medo?

Qual a causa então de ficamos tão descontrolados na sua presença ativa? Como nos falta perícia íntima para desvendar os mistérios desta emoção.

Você sente que o medo está lhe impedindo de seguir um caminho que parece muito promissor? E suas escolhas acabam de um jeito ou de outro ficando para depois? 

Se isto está acontecendo com você, saiba que não está sozinho, pois muitas pessoas sofrem com estes comportamentos.

Porém existem formas de entender quando ele está te impedindo de seguir adiante, e vou te mostrar agora neste artigo!

O processo de luta ou fuga

Em uma situação hipotética imagine-se que sozinho às três horas da manhã, em seu carro viajando para visitar seu melhor amigo que acabou de se mudar para uma cidadezinha do interior. 

Você constata que a bateria do celular acabou e seu GPS portanto não lhe guia mais, sem ter noção de qual caminho seguir na próxima bifurcação, percebe que seu pneu furou, e se vê obrigado a parar para consertá-lo.

E no breu de uma noite escura de repente surgem dois caras encapuzados e correndo em sua direção com arma em punho gritando, é um assalto não se mexa!!! O que você faria???

Todas estas informações ao se chocarem com seus sistemas sensoriais provocam em questão de milissegundos o seu sistema nervoso, que por sua vez ativa no sistema nervoso autônomo simpático, uma resposta visceral muito conhecida como luta ou fuga.

A resposta de luta ou fuga ou podemos dizer o sistema que nos prepara para agir, visa proporcionar em primeiro lugar um alerta de perigo iminente, e preparar o organismo para a ação de atacar ou fugir.

Com a reação de luta ou fuga ativa no sistema, nossos batimentos cardíacos aumentados nos proporcionam uma distribuição de sangue mais intensa para os músculos e o sistema nervoso central, com objetivo de:

*Aumentar a força;

*Capacidade mental;

*Estado de alerta.

Com a dilatação dos brônquios o fluxo de ar é aumentado nos pulmões, oxigenando mais todos os sistemas que estão sendo mais exigidos.

Cabe salientar as reações metabólicas aumentadas que proporcionam mais energia, é também comum a dilatação das pupilas e o aumento da sudorese.

Outro ponto muito interessante, é que a reação de luta ou fuga não é desencadeada apenas em situações de grande risco, faz parte do nosso mecanismo interno ao se deparar com qualquer situação que represente alguma ameaça ao organismo, se tratando tanto de aspectos físicos como mentais, proporcionando uma resposta a este estímulo ameaçador.

Os principais neurotransmissores ou compostos químicos responsáveis por desencadear todo este processo de resposta ao medo. Com o compromisso de conduzir as informações dentro do organismo e preparar o corpo e mente para a reação ao estímulo estressor são: 

*Adrenalina ou Epinefrina

*Dopamina

*Endorfinas

Como a dopamina é um neurotransmissor ligado ao prazer, acredita-se este ser o ponto de motivação de algumas pessoas sentirem prazer ao se colocar em perigo, como por exemplo, nos esportes radicais.

Claro que o que vimos foi uma forma bem resumida dos processos internos no que diz respeito ao medo, com o objetivo de dar uma certa clareza da função desta emoção em sua forma primordial.

Agora que você já entendeu um pouco mais sobre os processos internos do medo! 

Continue lendo para saber como o medo pode atrapalhar nas suas decisões cotidianas, ou seja, ele acaba por bloquear você de seguir suas escolhas e desejos. 

A tal “zona de conforto”

Nossos comportamentos estão pautados em nossa singular experiência de vida, claro que não podemos descartar nossa bagagem genética, porém a cada acontecimento que surge em nosso caminho vindo do externo cria no mundo interno, uma memória de experiência ou podemos chamar também de conjunto de crenças.

Estas experiências criam nossa visão de mundo, e isso significa que em uma próxima oportunidade acreditamos pautados nesta experiência anterior, que já sabemos como reagir, porém é exatamente aí que mora o perigo, pois está repetição de comportamento é exatamente o que cria os condicionamentos.

Os condicionamentos são os principais responsáveis por manter uma pessoa presa a zona de conforto, pois ao acreditar que a resposta pronta que está em sua mente, por lhe dar a impressão de segurança e controle da situação é a melhor opção, afasta a possibilidade de inventar novas saídas aos desafios novos.

“Somos frutos de uma luta constante, que travamos diariamente, contra os condicionamentos a que fomos impostos”!
– Prof. Wlailson Firmino

Nem todos os medos e condicionamentos são nocivos, o problema é quando causa bloqueios, e ficamos angustiados e presos aos mesmos comportamentos, e querendo obter resultados diferentes.

E toda vez que você está diante de uma situação onde deve fazer uma difícil escolha, e que pode mudar totalmente o rumo da sua vida; tais como:

*Término de uma relação amorosa;

*Uma transição de carreira;

*Cumprir com a dieta;

*Iniciar ou manter uma atividade física.

Você continua tentando uma solução velha, porém percebe que está já não serve mais…

A alternativa que resta, portanto, é buscar uma  mudança radical no comportamento, levando para um terreno desconhecido e novo, e inevitavelmente o medo vai bater, o que é completamente normal.

O medo enquanto mecanismo de defesa não é de fato nenhum problema, o problema surge quando ficamos completamente bloqueados pelo medo do novo, o medo da mudança.

O que realmente pode ser algo assustador e complicado como se estivesse se jogando em um buraco escuro e não sabe o que vai acontecer, e isso pode trazer sentimentos de:

*Incapacidade de lidar com a situação;

*Falta de força;

*Insegurança;

*A autoestima fica baixa;

*Impotência para seguir um novo caminho.

“Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz”.
– Platão

Os ganhos secundários

O ganho secundário é uma teoria proposta por Freud, onde o indivíduo cria uma resistência ou sabotagem a melhora da sua condição, preferindo permanecer no mesmo estado por sentir um prazer com os benefícios que decorrem deste processo.

Pegamos como exemplo a pessoa que se sente muito solitária e carente, e fica doente ou com algum transtorno.

Sua condição requer atenção e cuidados especiais e esses cuidados acabam por suprir sua carência e solidão, o que faz ela querer permanecer doente para continuar usufruindo desses benefícios.

Outro exemplo seria a pessoa que sofre violência doméstica dentro do seu relacionamento amoroso e não se separa; Claro que existem muitos fatores que podem estar trancando ela neste relacionamento.

Porém na maioria dos casos são os ganhos secundários que a deixam presa nesta situação, e claro regados pelo medo de perdê-los e encarar toda a transformação que decorre da separação.

Enquanto você não sair da zona de conforto, e continuar se satisfazendo com os ganhos secundários, o sentimento de angústia só vai aumentar. 

É necessário explorar novas possibilidades para poder experienciar coisas novas, e obter a satisfação completa do seu desejo sabendo que coisas ruins também podem acontecer neste novo caminho.

“Uma pessoa imatura pensa que todas as suas escolhas geram ganhos. Uma pessoa madura sabe que todas as escolhas têm perdas”.
– Augusto Cury

A verdade é que não temos garantias nas nossas escolhas e, portanto, sempre haverá um risco no caminho escolhido, mas permanecer em um ambiente onde não tem mais sentido será sempre pior.

Tratamento com o Psicanalista

Segundo Sigmund Freud, os traumas, medos, angústias, ansiedades e inseguranças estão enraizadas na parte do inconsciente da mente, e moldam nossos comportamentos.

Porém estes conteúdos estão inacessíveis à nossa percepção consciente de forma direta, ou seja, a pessoa não consegue identificar e perceber eles sozinha.

O inconsciente é exatamente a zona da mente onde o trabalho do psicanalista acontece, sendo de grande importância a ajuda deste profissional para acessar estes conteúdos que ficam nas profundezas da psique, causando sofrimento e angústia.

O medo da mudança atinge a todos, porém quando ele se torna um pavor, uma forma irracional de lidar com as situações adversas da vida, é o momento de buscar ajuda de um especialista.

O psicanalista auxilia você a identificar estes padrões de comportamentos prejudiciais, e te guiar rumo à mudança de forma madura e segura, restabelecendo a alegria e o prazer de viver. 

Você tem interesse em entender melhor seus medos e frustrações, e se desbloquear para novas escolhas?

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Prof. Marcio Batista
Como psicanalista, meu objetivo na relação analista e analisando é trabalhar a difícil tarefa de tratar o sofrimento psíquico, expressado em sintomas como a angústia, ansiedade, estresse, medo, frustrações, entre outros, sejam eles de fontes internas ou externas.

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